Aos treze

Depois de 20 anos os dois estavam sentandos num bar, falando sobre a vida presente e os velhos tempos de colégio. O papo ia ficando nostálgico. Ela tinha sido muito apaixonada por ele, quando eram duas crianças.

Ela: - Ah! Você sabe que eu era muito apaixonada por você, né? Eu até me declarei, lembra? - ela sorri.
Ele: - Claro que eu lembro! - ele diz convicto - Talvez se tudo acontecesse hoje...
Ela: - Eu assistia desenhos bobos só para ter papo com você, mas nunca conversávamos! Você nunca falava comigo! - ela ri.
Ele: - Você sempre me intimidou. Mesmo porque, eu até pensava em conversar com você, mas tinha medo do que os outros iam pensar. Puro preconceito. E tinha medo de que você achasse que eu gostava de você.
Ela: - Então de nós dois você foi o mais esperto, porque todo mundo ia tirar sarro de você mesmo e eu ia pensar que era correspondida. Se saiu bem.
Ele: - Talvez eu não tenha sido o mais esperto não... Depois que você cresce, não importa o que os seus amiguinhos pensam, né? Acaba valendo mais aquilo o que você quer.
Ela: - É... Acho que é a ordem natural das coisas... Se libertar de certas amarras... Mas quando se tem 12, 13 anos, a escola é normalmente o seu mundo, né?
Ele: - É, é verdade...

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