Trash Girl banca a conselheira

Teve uma fase em sua vida em que foi costume distribuir conselhos - ingênuos e cítricos - por aí. Na maioria das vezes eram passionais, porque era assim que as coisas funcionavam para ela. Lembrou-se da prima Sonsa. As duas tinham a mesma idade, tinham crescido juntas, mas não tinham nada a ver uma com a outra. Sonsa apareceu na varanda de casa. Ao olhar a prima, semi-despida, Trash Girl perguntou:
- Onde você vai assim?
- Ver o meu namorado.
- Com essas roupas?
- Ah! Que preconceito é esse? Você sempre tão tão liberal...
- Vixi, mas eu só tenho meia dúzia deles: todos são selecionados. Você está certa, sou liberal mesmo, acho que a mulher tem que se vestir como quiser mesmo, mas o que você não vê é que você pode estar tirando toda a graça...
- Toda a graça de quê?
- Homem não gosta de mulher despida: é muito mais interessante uma mulher vestida, para que ele possa imaginar (ou descobrir) o que vem por baixo do tecido. É um jogo: se mostrar tudo perde a graça.
- Você nunca teve namorado... Como pode me dar conselho?
- A minha falta de experiência não tem nada a ver com isso. São os fatos. Nus e crus.
Sonsa fez uma careta. Olhou o relógio. Hesitou.
- Você tem um par de calças tamanho 36?

Comentários

biel madeira disse…
depende muito do homem! há coisas que não se precisa ver para saber como é! (hihihi)

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